VIDA E ARTE SUSTENTÁVEL: MALAS feitas com SACOS de CAFÉ, REVISTAS e PACOTES de LEITE

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

MALAS feitas com SACOS de CAFÉ, REVISTAS e PACOTES de LEITE

Podemos reaproveitar imensos materiais no nosso dia a dia. Ao reutilizar um produto, da nossa casa ou de pontos comerciais da nossa localidade, combatemos o DESPERDÍCIO. Desse modo, papéis usados podem ser transformados em blocos de rascunho, revistas e sacos de café podem ser MATÉRIA PRIMA para a confecção de bolsas, móveis podem ganhar novas funções, garrafas e garrafões podem tornar-se objetos de decoração, etc.

A reutilização de materiais colabora, em grande escala, para a REDUÇÃO do LIXO. Reaproveitando uma matéria-prima impedimos que esta seja descartada nos contentores, aterros ou queimada. Essa ATITUDE ECOLÓGICA contribui, ainda, para reduzir a exploração de recursos naturais empreendida na produção de novos materiais.

SÓ VEJO VANTAGENS, A NÍVEL PLANETÁRIO, EM REUTILIZAR.

PENSE COM CARINHO E FAÇA A SUA PARTE!

MALA com SACOS DE CAFÉ

Mala em tons de castanho para lembrar o OUTONO

Usei dezenas de sacos de café.

Com fecho.

Cosida com linha forte.

Com forro e bolso interior,

Alças de couro forte.

OS MESMOS SACOS DE CAFÉ COM OUTROS ACABAMENTOS

MALAS COM REVISTAS

BOLSA PEQUENA

Todas as tiras antes de serem dobradas e entrelaçadas, foram plastificadas.

MALA GRANDE

Não são forradas e fecham com molas.

MALA FEITA COM PACOTES DE LEITE

A cor dos ouriços de um castanheiro dão o toque do OUTONO a esta mala. Feita com 14 pacotes de leite, pedaços de calças de ganga, restos de tecido de estofadores e a alça foi feita com sobras de cabos elétricos.

A fivela foi retirada de outra mala.

Parte de trás com bolso.

Lateral.

Fundo reforçado com pedaços de um cinto.

DESPERDÍCIOS de ESTOFADORES

MALA COM RELÓGIO

Retalhos de tecidos usados para estofar sofás compõem esta mala. Decidi aplicar um relógio fora de uso para dar um toque diferente.

Parte de trás com bolso.

Com fecho, forrada por dentro e com bolso.

MOCHILA

Feita com restos de napa de estofador, calças de ganga e tecido grosso de cortinado.

Com dois bolsos laterais e um no cimo.

As fivelas foram feitas por mim.

Forrada e com bolso no interior.

REMODELAÇÃO DE UMA MOCHILA USADA

Apliquei a pala e o coração.

Espero que tenham gostado, voltem SEMPRE!

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PENSE no NOSSO PLANETA!

O desperdício de um CICLO pode ser MATÉRIA PRIMA de outro CICLO.

Com o desenvolvimento desta atividade ao nível do REAPROVEITAMENTO de materiais destinados à lixeira, consegui, com a ajuda de muitos AMIGOS e pessoas da minha comunidade local, evitar que fossem para o lixo centenas de latas, pacotes de leite, caixas de cereais, roupa, fivelas, cintos, colares, garrafas, garrafões.

Antes de pôr no lixo, pense em reaproveitar, dê a quem reaproveita, ou comece a SEPARAR o lixo em casa e a colocá-lo nos respectivos depósitos dos ecopontos. Reciclar, Reduzir e Reutilizar é um DEVER SOCIAL e REPENSAR e RECUSAR uma NECESSIDADE EDUCACIONAL. Pensar no LIXO como uma forma de ARTE é uma APOSTA EMERGENTE que devia ser desenvolvida nas ESCOLAS e nos nossos lares!

REUTILIZAR A PENSAR EM TI: CRIANÇA

O teu sorriso, é uma fotografia sem tempo, que enche a moldura dos dias e a memória dos segundos num retrato instantâneo de alegria. Tu persegues a bola, um redondo de sol. Inventas a ilusão com as histórias verdadeiras dos brinquedos, construindo as brincadeiras, peça por peça, como um arquitecto de sonhos, enquanto dedilhas a música do riso no timbre exacto e emocionado que surpreende o vazio e o silêncio com a melodia da vida. És tu criança que amansas o tempo com olhos tranquilos, e que guardas o segredo da esperança, da alegria e do Amor no pequenino cofre das tuas mãos. Texto de Carlos Santos Oliveira

lixoartesa@gmail.com

Nasci em Vila Franca do Campo, Ilha de S. Miguel, Açores. No ano de 2001 conclui a licenciatura em Ensino Básico – 1.º Ciclo, pela Universidade dos Açores. No ano letivo de 2002/2003 iniciei a minha atividade como professora. Atualmente, faço parte do Quadro de Zona Pedagógica de Vila Franca do Campo. A componente ecológica e ambiental foi sempre uma preocupação na minha vida pessoal e profissional. No ano letivo de 2009/2010, submeti à aprovação do Conselho Pedagógico da EBS de Vila Franca do Campo o projeto da “Quinta Pedagógica das Palmeiras” que, para além de motivar os alunos para a frequência do ensino e para a aprendizagem, tinha como vertentes principais a Educação para a Cidadania, o Respeito pela Natureza e a Educação Ecológica. A compostagem foi uma das actividades implementadas, como forma de eliminar os resíduos sólidos domésticos, evitando a sua acumulação em aterros sanitários e usando-os como fertilizantes do terreno onde foi criada uma horta biológica, na qual os alunos se envolveram na experiência de preservar e cuidar dos recursos da terra, semeando, plantando, regando, mondando e colhendo os vegetais e os frutos. A minha intervenção ambiental veio a tornar-se mais vincada, com a minha vinda para a Chamusca, em Agosto de 2010. Onde, ao abrigo de uma licença Parental para Assistência a Filhos, começei a pensar na minha casa como um potencial meio para reutilizar imensos materiais: vidro, cartão, latas, roupas velhas, pacotes de leite vazios, filtros de café, linhas, botões e metais, transformando-os em malas, bolsas, carteiras, cintos, tapetes, quadros e objectos decorativos. Aos poucos, envolvi muitos habitantes da Vila nas minhas actividades e a quem agradeço o seu empenho e Amizade. Acredito no potencial de uma SÓLIDA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, com objectivos práticos e exequíveis. Também acredito nas REDES SOCIAIS de PROXIMIDADE, alicerçadas na AMIZADE GENUÍNA, como meio privilegiado de contribuição para a PRESERVAÇÃO AMBIENTAL.

PEQUENOS PASSOS, GRANDES MUDANÇAS!

O MEU GIGANTE Tem um corpo pequenino. Umas mãos miúdas, mas tão meigas. Um sorriso enorme que torna grande e feliz a minha vida. Embalado no carinho dos seus frágeis braços adormeço, seguro e tranquilo, sem medo de cair em pesadelos. Quando ele, alegre, me carrega sobre os seus ombros faz-me tocar o céu, as estrelas, a lua e o sol, derramando-me num firmamento de ternura. Ele é o meu filho e eu sou a sua origem. Mas quando brincamos invertem-se os tempos e as responsabilidades. Com ele aprendo novamente a ser criança na emoção e no prazer de ser o bandido ou o herói, na ilusão das suas brincadeiras. Com ele descubro, nas suas primeiras letras rabiscadas, a infância e a poesia das palavras. E não se passa um único dia em que ele não quebre o silêncio da casa, revire as ordens, as regras e os objectos do avesso, apenas com o poder maravilhoso da sua presença. O meu gigante é uma simples criança, aprendendo a andar, a Amar e a ser homem. Que tem no rosto imberbe a beleza da esperança e à semelhança de todas as crianças apenas quer ser respeitado, amado e acarinhado num mundo tantas vezes cruel e bruto. Que os seus pés e o seu coração se tornem enormes, para que possa percorrer os longos e tortuosos caminhos da vida, com passos gigantes de AMOR e um espírito infinito de PAZ. Texto de Carlos Santos Oliveira